terça-feira, 11 de outubro de 2011

A Transmissão elétrica em neurônios mielinizados




Como vimos ontem, muitos neurônios possuem em seus axônios uma camada de proteção especial chamada bainha de mielina. Tal camada mantém os axônios isolados do fluido extracelular. Desta forma os íons só podem atravessar a membrana plasmática nos espaços entre os segmentos da bainha, os chamados Nódulos de Ranvier.

Quando o potencial de ação é gerado na zona de disparo, ele é conduzido através das propriedades passivas da membrana. Uma das conseqüências desta condução é o fato do potencial apresentar uma queda na sua voltagem. Entretanto, mesmo chegando de forma reduzida no primeiro nódulo, ele ainda é capaz de disparar o potencial de ação, abrindo novos canais de sódio. Este potencial novamente é conduzido de forma passiva pela bainha de mielina até o próximo nódulo, onde outro potencial de ação será gerado.

A mielinização do neurônio aumenta a velocidade da condução elétrica. Como os sinais são transmitidos de forma passiva, ou seja, de modo instantâneo e decrescente, os sinal “saltam” de um nódulo para o outro. É evidente que ocorre certo atraso em cada nódulo, mas mesmo assim a velocidade é muito mais rápida do que em neurônios não mielinizados. Por isto este processo é chamado de “Condução Saltatória”. Podemos ver na figura de hoje como os potenciais de ação são gerados inicialmente no ponto A, sendo depois transmitidos para ponto B, e daí por diante.

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